Arrancou no dia 10.10.2008 o sistema de recolha selectiva porta-a-porta em Alfama, Lisboa, abrangendo um total de cerca de 5 000 fogos e 500 entidades. De acordo com informação da Câmara Municipal de Lisboa serão distribuídos regularmente, e de forma personalizada, sacos azuis e amarelos para a recolha selectiva porta-a-porta de papel e embalagens, respectivamente. O papel será recolhido às quintas-feiras e as embalagens às terças-feiras e sábados.
Para a deposição do vidro vão ser colocadas na rua “eco-boxes”. Este equipamento vai substituir o vidrão porque ocupa muito menos espaço na via pública, que é muito limitado neste bairro, e permite o acesso a viaturas de remoção de menores dimensões e mais manobráveis, segundo a autarquia.
A área abrangida corresponde à actual área de remoção por sacos para a fracção indiferenciada, envolvendo a totalidade das freguesias de Santo Estevão, São Miguel e Castelo, uma parte considerável de S. Vicente de Fora e uma parte reduzida da Sé.
Alfama
Recolha selectiva de Lixo em Alfama
Nova exposição no Museu do Fado e da Guitarra
"Inauguramos com um novo programa museológico na exposição permanente. A alteração principal a nível conceptual é abandonarmos a ideia da recriação de ambientes que era algo que nos constrangia um pouco em termos de espaço de exposição. Ao recriarmos, por exemplo, uma casa de fados não tínhamos espaço para integrar outro tipo de acervo muito importante e que estava na posse de outras instituições", explicou à agência Lusa Sara Pereira, directora do Museu do Fado.
Das colecções municipais vem "O fado" de José Malhoa e também uma litografia de Rafael Bordalo Pinheiro "Os fadistas", de 1873.
Situado no Bairro de Alfama, o Museu que foi outrora uma estação elevatória de águas, abriu em 1998 mas, dez anos passados "muita coisa mudou, publicaram-se muitas obras sobre o tema, designadamente 'Para uma história do fado' de Rui Vieira Nery, e há uma nova geração e um novo olhar sobre o fado".
O ateliê de João Santa-Rita que foi o autor do primeiro Museu voltou a ser escolhido para esta renovação, apostando o projecto de museografia de António Viana, na sobriedade de linhas e na cor branca das paredes "para sobressaírem os objectos expostos".
Um painel de fotografias de fadistas que ocupa os três pisos do Museu "dá as boas vindas ao público", enquanto o visitante munido de um audioguia, disponível em quatro línguas, explica a colecção e permite seleccionar os fados que cada um pretende ouvir.
A aposta nas novas tecnologias é outra das características do "novo" Museu do Fado, disponibilizando postos de consulta que permitem o acesso ao seu espólio, nomeadamente, imagens, repertório, registos áudio, biografia, programas de espectáculos e até pautas, se existirem.
"Esta é uma forma de combater o pouco espaço que temos e, ao mesmo tempo, aproximar o visitante ao nosso acervo", explicou Sara Pereira.
Com esta remodelação, "a relação afectiva que existe da comunidade fadista e do universo do fado com o Museu é ampliada. O cartaz da entrada constituído por vários fadistas é isso mesmo: dá as boas vindas e quer dizer 'a casa é vossa'".
Quanto à exposição, procura-se o "diálogo entre obras emblemáticas do fado como o quadro de Malhoa e a Casa da Mariquinhas construída por Alfredo Marceneiro".
"Vamos ter em depósito o quadro de José Malhoa que pertence às colecções municipais, a gravura do Rafael Bordalo Pinheiro que representa os fadistas de 1873, uma litografia também das colecções dos museus municipais, o quadro do Constantino Esteves, 'O marinheiro', de 1913, do Museu do Chiado, e obras do Júlio Pomar. Teremos uma tela do Cândido da Costa Pinto, 'Lisboeta', de 1952, e uma outra tela que até aqui nunca foi exposta, inédita, do Arnaldo Louro de Almeida de 1947", adiantou Sara Pereira.
A encerrar o ciclo que se inicia com o óleo de Malhoa estará patente a tela de João Vieira, datada de 2005, "O mais português dos quadros a óleo" (versos do fado Malhoa criado por Amália) "e que é uma paródia ao quadro de José Malhoa".
Uma renovação que contou com a consultadoria do musicólogo Rui Vieira Nery e a "colaboração atenta" do Conselho do Fado, constituído pelos fadistas Vicente da Câmara e Carlos do Carmo, os músicos Luísa Amaro e António Chaínho, o construtor de guitarras Gilberto Grácio, a Associação Portuguesa dos Amigos do Fado, representada por Julieta Estrela e Luís de Castro, e a Academia da Guitarra Portuguesa e do Fado, representada por Luís Penedo e Daniel Gouveia."
NL.
In Lusa
Câmara corre risco de ficar sem o pátio Dom Fradique
"What happened here?", questionava, ontem de manhã, Celie McAlister. "O que aconteceu aqui?" é como se pode traduzir a pergunta daquela turista norte-americana, ao passar por uma das portas de acesso ao castelo de São Jorge, o monumento mais visitado na capital.
O cenário mais parece fruto de um bombardeamento. E a tradução literal das palavras de Celie só peca por não conseguir transmitir a estupefacção do grupo de turistas e o barulho das "flashadas" das máquinas fotográficas, perante tal degradação e abandono do que resta dos antigos edifícios no pátio Dom Fradique.
Situado entre o emblemático palácio Belmonte - que acolhe aquela que é considerada a melhor unidade hoteleira alfacinha - e as ruas de Maldonados e dos Cegos, há sete anos que o conjunto de casas propriedade da Câmara Municipal de Lisboa serve de abrigo a traficantes, indigentes e jovens que não resistem a grafitar as paredes. Com a agravante de ser via de passagem, não só para os residente da freguesia de Santiago como para os milhares de turistas que ali se cruzam diariamente.
"Há vários anos que tentamos sensibilizar para a necessidade de recuperar ou demolir o que existe. Sentimos que é a face mais vergonhosa da zona histórica. A Câmara diz que não tem dinheiro e, de acordo com as últimas informações que obtive, obras só mesmo em 2011", lamenta Luís Campos, presidente da Junta de Freguesia de Santiago.
Desde 25 de Julho de 2001 que todo o pátio é propriedade do município. Na altura, devido à iminente queda de telhados e paredes, colocando em risco as 30 famílias que ali viviam, a autarquia decidiu expropriar os edifícios aos donos - João José Silva Lico e o palácio Belmonte. Os residentes acabaram por ser realojados, uns perto da freguesia de Santiago, outros em bairros sociais do concelho.
Os projectos da Câmara passavam pela recuperação e reconversão urbanística, mas nada foi feito até agora, à excepção do emparedamento das janelas e portas. Perante o abandono, os anteriores proprietários podem exigir até Outubro de 2008 a devolução dos imóveis.
"Os policias vão passando por ali. Mas à noite não se evita que aconteçam alguns desacatos", admitiu Luís Campos. Encostado ao antigo convento do Menino de Deus e à Fundação Ricardo Espírito Santo, o local tem sido palco constante de pequenos incêndios. "Não se pode fechar o acesso, porque é público. Só que as casas em tabique podem ruir a qualquer momento. Até o arco que existia teve de ser deitado abaixo pelo perigo que representava", acrescentou o autarca.
Ladeando a Cerca Velha da cidade e ligando os bairros de Alfama e do Castelo, o pátio já pouco significado tem, do ponto de vista arquitectónico. Um parecer do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) permite a demolição, desde que acompanhada por arqueólogos.
Uma fonte do Palácio Belmonte garantiu, ao JN, que há vários anos que o hotel não aluga diversos quartos, cujas janelas estão viradas para aquele espaço abandonado.
In Jornal de Noticias
Antigos combatentes travam batalha para recuperar vida perdida nas ruas
in Diario dos Açores
Palácio dos Condes de Coculim
Telas de pintor holandês roubadas em ruas de Alfama
Inacreditavelmente continuam a acontecer coisas em alfama que não deveriam existir. Mesmo quando se tem a certeza que tal não foi efectiado por pessoas do bairro. Vinte e nove das 87 telas do artista holandês Guus Slauerhoff expostas desde 6 de Junho em ruas da Alfama foram roubadas, estando já a polícia a investigar o caso.
Arie Pos, representante de Slauerhoff, disse à que duas ou três das telas desapareceram antes mesmo da inauguração tendo desaparecido pelo menos 15, talvez mesmo 17 ou 18.
Várias dessas telas, segundo Pos, foram retiradas de varandins, o que só poderia ter sido feito com recurso a escadas e utilizando ferramentas para cortar os fios de nylon ou arame que as afixava.
O representante do artista convencido de que se está em presença de uma operação montada "com todo o cuidado" e com meios por profissionais.
As autoridades policiais foram informadas dos roubos na passada quarta-feira pelo representante do pintor, que lhes entregou 15 fotografias dos quadros roubados.
As telas têm dois formatos - 2,40X1,80 e 2,00X1,80 metros - e são de material plástico transparente com quadros e desenhos do pintor estampados. A exposição, intitulada "Facetas da vida", foi a primeira com estas características realizada pelo pintor.
O "valor de produção" (incluindo a impressão e a tela) é de aproximadamente 200 euros cada, mas, se estivessem à venda numa galeria de arte, cada uma valeria pelo menos 1500 euros, assinalou Pos.
Esta exposição já foi referida neste blog, sendo uma exposição que deveriamos ver, no meio deste bairro de tantas saudades.
Instalação da Fundação Saramago na Casa dos Bicos é bem-vinda pelos comercaintes e moradores
"Alfama podia ser a galinha dos ovos de ouro, pois os turistas querem ver é ruas estreitinhas e roupas penduradas, mas está tudo tão degradado e feio que fogem daqui", disse Josefa Ribeiro, que dirige um loja de artesanato ao lado da Casa dos Bicos.
A mesma opinião é partilhada por outros comerciantes e alguns moradores ouvidos hoje pela Lusa, que consideraram "positiva" a instalação da sede no edifício, classificado em 1910 como monumento nacional.
"Vir para aqui algo que mexa, que dinamize a zona, é sempre bem-vindo, tanto mais que os turistas de manhã à noite fotografam a casa, mas não podem lá entrar, e vindo algo de cultural, sempre entram", disse Mário Sousa Cerqueira, do restaurante Adega do Atum.
Actualmente a servir cerca de 50 refeições diárias, Mário Sousa Cerqueira espera que a vinda da Fundação do Nobel português "traga dinamismo, gente, e que se olhe para a zona com outros olhos".
Segundo Carlos Pinto, que há 27 anos trabalha no restaurante Solar dos Bicos, "a clientela tem vindo sempre a descer", registando este ano um quebra de 50 por cento no número de refeições servidas relativamente há 20 anos.
"Das 250 refeições que servia estamos a servir actualmente cerca de 100", disse.
A insegurança nas ruas, pouca iluminação e o tráfego automóvel são alguns dos factores apontados para afastar os turistas da Rua dos Bacolheiros, apesar de vários atractivos turísticos, nomeadamente as fachadas dos edifícios contíguos à Casa dos Bicos, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, a Velha, ou a casa onde nasceu João Pinto de Carvalho 'Tinop', o primeiro autor de uma história do fado.
"Daqui [rua dos Bacalhoeiros] até Santa Apolónia podia ser uma zona pedonal de esplanadas e outras lojas, sendo uma porta preferencial de acesso ao mais bonito bairro de Lisboa que é Alfama", opinou Carlos Pinto.
Josefa Ribeiro assinalou, por seu turno, que "os turistas evitam esta zona pois só vêem feio, conhecem a Rua Augusta e depois procuram alguma forma de chegar ao Castelo".
Para esta lojista, a instalação da Fundação "é bem-vinda, tanto mais que, sendo um pólo cultural, irá atrair gente".
A presidente da Fundação, Pilar del Rio, disse hoje à Lusa que os objectivos são "a agitação e dinamização culturais".
Sem confirmar o que será instalado na Casa dos Bicos ou o futuro das actuais instalações alugadas na avenida Almirante Gago Coutinho, a responsável esclareceu pretender-se "uma aproximação emocional dos portugueses à obra de autores como Jorge de Sena, Raul Brandão ou José Rodrigues Miguéis, entre outros".
A Casa dos Bicos foi mandada erigir por Afonso Brás de Albuquerque, um filho legitimado por Afonso de Albuquerque, vice-rei da Índia.
Passou por vários proprietários, entre eles um comerciante de bacalhau, até que a Câmara a adquiriu em 1967 a Daisy Maria da Silva Knight.
Desde então foram vários os projectos previstos para ocupar os dois pisos da Casa, desde uma exposição permanente relacionada com a presença portuguesa no Oriente, a um Museu da Cidade ou um do Fado até uma casa de fados.
Na década de 1960, quando a imprensa especulava sobre o fim da carreira de Amália Rodrigues, a fadista confessou em várias entrevistas que gostaria de explorar na Casa dos Bicos um restaurante típico de fados.
Raul Lino, que orientou as obras de consolidação de 1969 a 1974, chegou a apresentar um projecto para adaptação a uma "Casa de Goa".
Entre 1980 e 1981 os arquitectos José Daniel Santa Rita e Manuel Vicente apresentaram um projecto de reinterpretação da Casa e decidiram incorporar-lhe, com elementos contemporâneos, os dois pisos que o terramoto de 1755 destruiu.
Em 1983 foi o núcleo "Dinastia de Avis" da XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura, seguindo-se um hiato na sua ocupação até 1987, quando recebe a Comissão para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, que ali permaneceu até 2002.
Actualmente, funcionam na Casa os serviços relacionados com a vereação de Cultura.
As escavações arqueológicas realizadas no início da década de 1980 trouxeram à luz do dia parte da muralha moura, tanques romanos e até uma garrafeira da família Albuquerque."
O CONVENTO DO SALVADOR, EM ALFAMA-LISBOA , E AS CASAS NOBRES DOS ESTEVES DE AZAMBUJA, ARCOS E NORONHAS, DE ALENQUER
Com efeito, por volta de 1390, D. João Esteves de Azambuja, que foi bispo do Porto e depois arcebispo de Lisboa, fundou no largo do Salvador, em Alfama, o Convento desse nome, que só mais tarde foi acabado, em 1478, por D. Leonor, mulher de D. João II. Esse Convento situava-se no flanco norte desse largo do Salvador que com uma explêndida acácia dominava uma bela paisagem sobre o bairro de Alfama. Ao lado desse Convento foi construído, no número 22, o Palácio do século XVII que foi dos condes dos Arcos e que depois passou para a Casa de S. Miguel, possuindo brasão num cartel de estilo barroco. Este Palácio terá sido palco dos acordos de ligação entre núcleos e vínculos das Famílias descendentes de D. João Esteves, como foi D. Leão de Noronha (1510-1572) e as Casas dos condes de Arcos e posteriormente a Casa de S. Miguel.
D. Leão de Noronha. que está sepultado no ex-Convento e Igreja de S. Francisco, de Alenquer, com brasão e lápide de grande destaque perto da Casa do Capítulo, foi possuidor do famoso "Prazo de Dom Leão de Alenquer" e era um descendente daquele arcebispo D. João Esteves de Azambuja, há quarta geração.
Muito mais tarde um bisneto de D. Leão de Noronha, de nome D. Tomás de Noronha, casou em 1646 com D. Madalena de Brito e Bourbon, filha do 1º conde dos Arcos, D. Luis de Lima Brito de Noronha. D. Tomás de Noronha que foi conselheiro de Estado do rei D. Afonso VI, tornou-se, pelo casamento, no 3º conde dos Arcos porque o 2º conde, seu cunhado, irmão de sua esposa, faleceu sem deixar descendência. Este D. Tomás de Noronha está também sepultado no ex-convento de S. Francisco de Alenquer; serviu na armada real de Ceuta e foi com o seu irmão D. Francisco um dos 40 conjurados da Revolução de 1640. Teve catorze filhos e faleceu em 1669. Um seu neto com nome idêntico ao seu, D. Tomás de Noronha e Brito, nascido em 1679 casou duas vezes. Casou D. Tomás (neto) na primeira vez, em 1705, com 26 anos, com D. Madalena Bruno de Castro, com 16 anos, filha dos condes de Assumar. Teve quatro filhos e quatro filhas. O segundo casamento deu-se em 1731 com D. Antónia Xavier de Lencastre, esta com 20 anos e ele agora com 52. O curioso é que nesse mesmo ano do seu 2º casamento também casou o seu filho D. Marcos José de Noronha e Brito, do 1º casamento, com uma irmã da D. Antónia Xavier de Lencastre, portanto irmã da segunda mulher do seu pai. A mulher do filho, foi D. Maria Xavier de Lencastre, que passou a ser ao mesmo tempo, nora e cunhada do Sr. D. Tomás de Noronha e Brito. Estas duas senhoras irmãs, eram filhas dos 3ºs. condes de S. Miguel. Assim e por aqui a Casa de S. Miguel ligou-se à Casa dos condes d' Arcos.
D. Marcos José de Noronha e Brito foi o 6º conde d' Arcos; teve dois filhos, que morreram cedo, e mais seis filhas. A herdeira da Casa foi D. Juliana Xavier de Noronha e Brito, nascida em 1732 e casou em 1765 com D. Manuel José de Noronha e Meneses, filho do 4º marquês de Marialva e 6º conde de Cantanhede. Este Senhor, pelo casamento, tornou-se no 7º conde dos Arcos. Esta nobre Casa estava, por volta de 1900, representada na pessoa de D. Maria do Carmo das Dores do Socorro e Neiva da Costa Macedo Giraldes Barba de Noronha e Brito Meneses, 11ª condessa, nascida em 1866. Pelo seu 2º casamento com D. Henrique José de Brito e Meneses de Alarcão, começa, julgamos, a perder-se a varonia dos Arcos passando para a de Alarcão e o 12º conde dos Arcos foi D. José Manuel de Noronha e Brito de Meneses e Alarcão que casou com D. Maria Margarida de Jesus Maria Clara Francisco Xavier de Mendonça, em 1936, proveniente da Família dos condes de Azambuja, duques de Loulé e viscondes de Moçamedes.
O antigo e famoso "Prazo de Dom Leão, em Alenquer", passou a ser representado pelos condes dos Arcos, e pela fonte de recursos a que nos socorremos e que abaixo referenciamos, inferimos que o Senhor D. José Manuel de Noronha e Meneses de Alarcão era à época de 1945, daquele documento, talvez o próprio 12º conde dos Arcos que atrás referimos, ou então um descendente com idêntico nome.
Voltando ao Palácio dos condes dos Arcos, podemos dizer, por aquilo que já lemos, que o mesmo foi quase destruído com o terramoto de 1755. Foi, contudo, reedificado e com as obras que teve no século XIX, a sua traça primitiva ficou bastante alterada. A fachada possuia 8 janelas de sacada no andar nobre, tendo mais 3 pavimentos. O portal tinha as armas dos Arcos, com as quinas de Portugal, no 1º e 4º quarteis do brasão e no 2º e 4º quarteis estavam dois leões rompantes com bordadura de ouro e veios, tudo envolto em bordadura de sete castelos. O pátio do palácio possui arcarias trípticas de volta perfeita.
Do largo do Salvador, saem duas importantes ruas: a da Regueira, talvez uma das mais características de Alfama e a outra a rua Guilherme Braga que vai chegar ao largo de Santo Estevão onde se situa a afamada Igreja de Santo Estevão que serviu já de tema a fados castiços de Lisboa.
E aqui bem perto de nós, não em Lisboa mas em Sobral de Monte Agraço, existiu também uma igreja primitiva que tinha como orago S.Salvador, mas hoje só resta uma porta gótica do século XIV integrada na reconstruída capela do cemitério público. É um espaço que há tempos idos fomos visitar, quando nos dirigiamos para a Igreja manuelina de S.Quintino. A Igreja de S. Salvador, do Sobral de Monte Agraço, era românica-gótica com belos capiteis em suas colunas grossas adossadas às paredes em igreja de nave única. Julgamos que os capiteis estavam esculpidos com motivos de flora e fauna da região (cães, leitões ou cordeiros). "
Fontes: - "O Prazo de Dom Leão, em Alenquer", documento de D. José Manuel
de Noronha e Menezes de Alarcão (conde dos Arcos) - Boletim
da Província da Estremadura, série II, nº IX-1945.
- "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira"
- "Roteiro de Portugal - Lisboa"
(lic. em economia, pelo ISEG)
Paulo Portas do passado e o actual a defender os pobres de alfama
O Ex-ministro da defesa, que, enquanto tal, só se preocupava em comprar, submarinos, carros de combate e a tirar 64 mil cópias de documentos secretos do Ministério da defesa para os ter em casa, veio a Alfama exigir medidas urgentes para “melhorar as condições de vida” dos idosos mais desfavorecidos, destacando que os reformados estão a ser os mais prejudicados com a crise.
Infelizmente não que podemos ligar, basta ver o vídeo e ver que o que ele diz não é para se escrever.
Tenho pena que este tipo de visitas ainda tenha a participação de alguém.
Primeiro Sinal e Regra de Transito
Marcha de Alfama
Fado Falado por João Vilarett
Um fado que descreve Alfama como nunca ouvi ou ouvirei. Descreve o bairro e as pessoas do Bairro. O marinheiro Gingão e a Emilia Cigarreira são uma imagem das pessoas de Alfama. Sinceras, apaixonadas, exaltadas, carinhosas, lutando por tudo aquilo em que acreditam.
Marchas de 2008 - Resultados
Ensaio da Marcha de Alfama
O ensaio da marcha de alfama pode ser visto aqui.
Podemos ver o Carlos Mendonça, que afirma que "são muitos anos a rasgar pano."
A brincar a brincar, é desta forma que o coreógrafo Carlos Mendonça justifica as sucessivas vitórias da marcha de Alfama (11 primeiros lugares desde 1990), com a qual já trabalha há 19 anos. Já mais a sério, no intervalo do ensaio, Carlos Mendonça confessa que tem "uma disciplina de ferro, quase militar" porque está convencido que "sem trabalho não se consegue nada". Por isso, é extremamente exigente com os seus marchantes que, regra geral, cumprem o que lhes é pedido. "Eu coloco a fasquia cada vez mais alto. E, com algumas concessões da minha parte, eles conseguem cumprir os objectivos. A prová-lo estão as vitórias que temos alcançado", conta ao DN o coreógrafo, para quem o facto da equipa não estar sempre em mudanças é fundamental. "90% destes marchantes já trabalham comigo há anos", diz Carlos Mendonça, algo inibido ao confirmar que é o coreógrafo mais premiado das Marchas.
População de Alfama cultiva bairrismo e acarinha a sua marcha
Recortes de Lisboa
"Alfama é o primeiro bairro lisboeta a ser visitado na nova série do canal.
O Canal de História produziu a série Recortes de Lisboa, com estreia marcada para dia 13, às 19.00, cujo o objectivo é "dar a conhecer a história, segredos e todas as curiosidades dos 12 locais mais emblemáticos da cidade", anunciou, ontem, o canal em comunicado.
Alfama foi o bairro escolhido para assinalar a estreia desta produção nacional, coincidindo com o dia de Santo António (padroeiro de Lisboa). Neste episódio, o Canal de História vai percorrer as ruas estreitas e sinuosas daquele bairro típico e revelar todas as curiosidades históricas do local, origens, segredos e os aspectos mais importantes, onde não podem faltar as marchas populares. Castelo, Avenida da Liberdade, Campo Santana, Avenidas Novas, Graça, Parque das Nações, Baixa Pombalina, Bairro Alto, Cais do Sodré e Chiado são os restantes 11 locais que compõem a série, que tem exibição marcada à sexta-feira, até 29 de Agosto, pelas 19.00.
Para comemorar esta estreia, o "canal vai estar presente nas ruas do bairro de Alfama, na noite de Santo António, através de uma acção de street marketing (marketing de rua), que promete surpreender a população", anuncia o canal de cabo. Nesta associação às festividades da cidade, o Canal de História colocará bancadas e decoração alusiva às comemorações, onde serão oferecidos centenas de manjericos com poemas dedicados ao bairro de Alfama e à série Recortes de Lisboa."
In DN on-line
Lisboa Sensorial
São passeios a pé, no bairro de Alfama, em que os participantes têm os olhos vendados e são conduzidos por um guia invisual da ACAPO que partilha as suas referências sensoriais. Estão também presentes um guia Lisbon Walker, que faz a contextualização histórica do percurso, e 4 elementos da Associação do Património e da População de Alfama (APPA), que ajudam os participantes a percorrer o espaço.
O projecto tem dois grandes objectivos:
- proporcionar uma experiência sensorial, que visa a construção de um novo conhecimento do espaço através do estímulo dos sentidos do cheiro, tacto, gosto e audição pela ausência da visão.
- sensibilizar para o universo invisual, não num sentido incapacitante, mas num sentido positivo e estimulante, em que o próprio invisual nos convida a entrar no seu mundo de códigos e referências.
Informações úteis:Datas: dias 12, 19 e 26 de Julho, às 11h
Um projecto Cabracega com a colaboração de: "
2ª Maratona de Fotografia Digital de Alfama
ALFAMA PONTO DE ENCONTRO12 HORAS 12 ENCONTROS 12 FOTOGRAFIAS
A Maratona de Fotografia Digital de Alfama é organizada pela Associação do Património e da População de Alfama e a edição deste ano – dedicada ao tema ALFAMA PONTO DE ENCONTRO - acontecerá no dia 28 de Junho em vários locais deste bairro de Lisboa. É um evento que pretende levar os amantes da fotografia digital a observar e sentir o bairro de Alfama e a reflectir sobre as suas particularidades. Durante 12 horas, em colaboração com a população e entidades de Alfama, a Maratona irá animar as ruas deste bairro alfacinha, ampliando as actividades que já decorrem por ocasião das Festas de Lisboa.
No contexto do Ano Europeu do Diálogo Intercultural, a segunda edição da Maratona centra a sua atenção na transformação social e cultural que Alfama tem vivido. Actualmente convergem diversas realidades, que aparentemente se sobrepõem e se conflituam. Lado a lado com as mais antigas tradições lisboetas, crescem diferentes e ambiciosos projectos, que fazem de Alfama um ponto de encontro entre o antigo e o moderno. Novos modos de vida interagem com costumes enraizados, contribuindo para a riqueza e a diversidade cultural que caracterizam Alfama.
O desafio do mundo globalizado de hoje é reconhecer esta diversidade e assumi-la como um factor de desenvolvimento das sociedades. Neste campo, o diálogo intercultural desempenha um papel cada vez mais relevante na prevenção e solução de conflitos. Reconhecer o direito a uma identidade cultural própria é tão premente como defender o contacto e a interacção entre diferentes culturas.
A União Europeia definiu o ano de 2008 como o Ano Europeu do Diálogo Intercultural. Reconhecendo a importância desta discussão e observando a transformação que o bairro de Alfama tem vivido, a APPA lança o desafio a todos os participantes da Maratona: como poderá a diversidade cultural contribuir para uma Alfama melhor?
Veja o regulamento aqui.
Inscrições :
Período de 2 a 27 de Junho de 2008.
Preço - 10€ (02 – 20 Junho)
- 15€ (21 - 27 Junho)
Inscrição presencial
Museu do Fado - Largo do Chafariz de Dentro 1 de segunda a sexta, das 10h00 às 17h30
T. 218 823 470
Inscrição on line:
Preenchimento de formulário a partir de 2 de Junho no site http://www.app-alfama.org/
, através do formulário on-line e transferência bancária para a seguinte conta:
Titular - Associação do Património e da População de Alfama
Banco - Caixa Geral de Depósitos
NIB - 0035 0041 00001811030 70
O comprovativo da transferência deverá ser enviado de seguida para mail@app-alfama.org, acompanhado obrigatoriamente do nome do participante.
Não serve de comprovativo o envio apenas do número da transferência.
13ª Edição da Feira da Ladra Alternativa
Fica no Centro Cultural Doutor Magalhães Lima na Igreja do Convento do Salvador.
G u u s S l a u e r h o f f - Facetas de Vida - A l f a m a a c o r e s
"Já começaram a ser colocadas nas ruas do bairro as 85 telas do pintor Guus Saluerhoff, que constituem a instalação "Facetas da Vida - Alfama a Cores", que estará exposta de 1 de Junho a 31 de Outubro de 2008.
Pretende-se estabelecer contactos entre a psique e os ecos do passado do Fado em Alfama e a vida contemporâneano bairro, devolvendo ao Fado uma presença na vida quotidiana. A instalação, integrada na atmosfera da vida pública diária, mostra aspectos do passado, presente e futuro, e espera contribuir para uma reflexão sobre a existência humana. As telas coloridas foram inspiradas na roupa a secar que flutua ao vento nas varandas de Alfama.
A Associação do Património e População de Alfama associa-se a esta iniciativa que traz um olhar e uma presença diferente ao nosso bairro!
Participe na sessão de abertura, no dia 6 de Junho, às 18 horas, no Largo do Chafariz de Dentro."
"A obra do artista plástico holandês Guus Slauerhoff (Sneek, 1945) é dedicada à existência humana e, mais especificamente, ao lado emocional das múltiplas facetas da vida humana. O artista tenta criar um encontro entre a arte e a vida quotidiana. A instalação Facetas de Vida é uma homenagem ao Fado e faz parte de um projecto mais amplo intitulado "A Alma do Fado" onde o artista procura tactear e explorar o audível, tornando-o palpável e visível.
"Facetas de Vida
A instalação Facetas de Vida pretende estabelecer contactos entre a psique e os ecos do passado do Fado em Alfama e a vida contemporânea no bairro, devolvendo ao Fado uma presença na vida quotidiana. A instalação, integrada na atmosfera da vida pública diária, mostra aspectos do passado, presente e futuro, e espera contribuir para uma reflexão sobre a existência humana. As telas coloridas foram inspiradas na roupa a secar que flutua ao vento nas varandas de Alfama.
Espaços Vazios
As 85 telas em exposição (originalmente pinturas e desenhos) decoram as fachadas de casas abandonadas. Os espaços vazios intrigam o artista. "Tenho uma sensação de melancolia e nostalgia quando paro para observar as casas. Imagino-me a entrar nelas e a encontrar as pessoas que aí viveram. Vejo o sofrimento e as alegrias das suas vidas – tal como nas nossas. Os prazeres da vida, onde a música teve o seu papel, os desejos e as paixões, nascimentos, doença, miséria e necessidade, sofrimento e morte. Pessoas dançaram aí, e esperaram, conversaram e talvez choraram de luto ou de solidão. Esse espírito do passado está presente na nossa vida de hoje que anseia por amanhã. As casas são mudas, mas quero dar-lhes uma voz, fazê-las dizer coisas. Expressam os seus sentimentos de saudade e tristeza, aguardando novos habitantes. O vazio, os vidros quebrados, as entradas fechadas com pregos ou tijolos escondem a sua melancolia. Ao sol forte de Lisboa, as casas deitam as suas sombras sobre as ruas e as sombras parecem mais escuras que as das casas habitadas." Essencial para o artista é que a sua arte seja exposta no local onde ela se inspirou, nasceu e foi elaborada. Por essa razão, as telas estão mesmo em casa nas ruas de Alfama.
Fado
Guus Slauerhoff foi conquistado pelo Fado quando, em 2003, descobriu a fadista Cristina Branco que, no seu CD Cristina Branco canta Slauerhoff, cantou adaptações de poemas de um seu primo, o conhecido poeta neerlandês Jan Jacob Slauerhoff (1898-1936). Entre Novembro de 2003 e Março de 2004, o artista acompanhou a cantora numa digressão por teatros nos Países Baixos com a exposição ‘A Emoção do Fado capturada em Imagens’ e desenhou ao vivo durante os concertos.
Alfama
O fascínio pelo Fado levou-o a Lisboa onde, desde 2004, trabalhou durante várias temporadas num projecto, intitulado ‘A Alma do Fado’. Disto resultou, entre outras coisas, a exposição ‘The Soul of Fado’ no Museu do Fado (Novembro 2006-Março 2007)."
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Alfama critica corte nos apoios da Câmara para arraiais populares
Os moradores de Alfama dizem que a zona "está a morrer", a propósito de as colectividades virem a receber este ano da Câmara menos de 75 por cento do dinheiro do ano passado para financiar os arraiais dos santos populares, proposta aprovada em reunião de executivo.
"Estou contra o facto de a Câmara fazer coisas destas", afirma presidente da junta, Lurdes Pinheiro, justificando: "As colectividades é que dinamizam os santos populares e estão a tirar-lhes os meios para isso."
"As colectividades vão ter muitos problemas em cumprir o regulamento que a própria câmara estipulou para os arraiais, como por exemplo a regra que exige música ao vivo. O dinheiro que vão dar agora não chega para pagar nem uma noite de música", observa a presidente da junta.
Os arraiais são organizados por voluntários, "mas não é o pobre que vai pagar as bandas que actuam", reitera Mário Rocha, presidente do Centro Cultural Magalhães Lima, uma das colectividades que costuma receber o apoio da Câmara, e que vê em risco, este ano, a organização dos seus arraiais.
A presidente da junta acredita que a medida adoptada pela câmara "é apenas uma desculpa", pois "entretanto [a câmara] vai apoiando eventos privados como o Rock in Rio".
"A tradição deixa de ser tradição", acrescenta.
Alguns comerciantes como o casal Marques, que gere o restaurante Tolam, criticam as licenças que têm de pagar à Câmara para, por exemplo, porem o "fogareiro na rua".
"Acho mal as colectividades terem apoio e nós não", pois, acredita Fernando Marques, "os comerciantes também fazem a festa" e apresentam condições de que esta necessita, "como as casas de banho que todos usam".
"Pelo menos devíamos estar isentos de pagar a licença", contesta o dono do restaurante, afirmando que assim "a gente acaba por desistir de participar nos arraiais."
"Qualquer dia isto morre. Apenas o amor de algumas pessoas que fazem um grande esforço mantém o Santo António", observa Hermínio Álvaro, morador da freguesia de Santo Estevão.
Artur Pereira, de 63 anos, acrescenta que "antigamente" a festa decorria durante "o mês todo", recordando a existência de "um coreto com um conjunto a tocar": "convivia-se... E agora não permitem isso".
AZR
Lusa/fim
Madrugada de Alfama de Amália Rodrigues - (1961)
Mora num beco de Alfama
e chamam-lhe a madrugada,
mas ela, de tão estouvada
nem sabe como se chama.
Mora numa água-furtada
que é a mais alta de Alfama
e que o sol primeiro inflama
quando acorda à madrugada.
Mora numa água-furtada
que é a mais alta de Alfama.
Nem mesmo na Madragoa
ninguém compete com ela,
que do alto da janela
tão cedo beija Lisboa.
E a sua colcha amarela
faz inveja à Madragoa:
Madragoa não perdoa
que madruguem mais do que ela.
E a sua colcha amarela
faz inveja à Madragoa.
Mora num beco de Alfama
e chamam-lhe a madrugada;
são mastros de luz doirada
os ferros da sua cama.
E a sua colcha amarela
a brilhar sobre Lisboa,
é como a estatua de proa
que anuncia a caravela,
a sua colcha amarela
a brilhar sobre Lisboa.
David Mourão-Ferreira
Mundo Mix e Ass. Património e População de Alfama
Recuperação do Palácio de Coculim
Riquezas descobertas no Largo Chafariz de Dentro
Dou as boas-vindas a este novo habitante do nosso bairro.
União Soviética das almas na Páscoa Ortodoxa
Em Alfama, na igreja russa mais ocidental da Euroásia, a celebração da Páscoa ortodoxa recriou, na noite de sábado para domingo, uma espécie de união soviética das almas.
Itenerários da Fé
Para além dos percursos da Baixa e do Chiado, iguais ao ano passado, foram criados dois novos itinerários - Graça/Alfama e Castelo/Alfama. A segunda edição desta iniciativa decorre todos os Sábados, às 10h00, até Julho deste ano, mediante marcação prévia.
Depois do sucesso dos Ciclos de Música Sacra que têm levado milhares de pessoas às Igrejas da Capital, a herança da espiritualidade do povo de Lisboa pode ser revisitada, até ao Verão, no coração da cidade, em mais uma iniciativa organizada pelas Paróquias da Baixa e do Chiado: "Itinerários da Fé", percursos pedestres na zona nobre da capital em torno da dimensão histórica, arquitectónica, e monumental da Fé Cristã.
No primeiro Sábado de cada mês, decorre o Circuito da Baixa, com início na Sé, às 10h00; no segundo Sábado de cada mês percorrem-se as Igrejas do Castelo/Alfama, com início na Igreja de Santa Cruz do Castelo; o terceiro Sábado do mês está reservado para o itinerário do Chiado (que começa à mesma hora na Igreja de São Roque), ficando o último Sábado destinado às Igrejas da Graça/Alfama, com ponto de encontro marcado junto ao miradouro, na Igreja da Graça.
As visitas, organizadas para grupos entre 15 e 25 pessoas, requerem inscrição prévia, junto dos serviços da Igreja de S. Nicolau. Apenas as Igrejas serão visitadas, sendo que os museus não estão incluídos nesta iniciativa. É também possível marcar percursos em outras datas para além das previstas, com o objectivo de facilitar a deslocação de grupos privados, associações e escolas. Estes percursos especiais ficam, no entanto, sujeitos à disponibilidade das paróquias e dos guias.
Marcação: 21 887 9549 (sexta-feira das 15h às 18h)
e-mail: itinerariosdafe@paroquiasaonicolau.pt
Preço: 3€ por pessoa.
Igreja de São Nicolau
Rua da Vitória 1100-618 Lisboa
Fax: 21 886 5766
Carnaval em Alfama
Palácio dos condes de S. Miguel ou dos Condes dos Arcos - Correcção
Palácio dos condes de S. Miguel ou dos Condes dos Arcos II
A riqueza do largo posta à descoberta
A muralha, construída entre 1373 e 1375, é desmantelada em 1765 para a construção do edifício da Alfândega. Durante esses quase quatro séculos, os habitantes de Alfama foram deixando inúmeros vestígios que agora são recuperados e estudados pelos arqueólogos.
Nas várias camadas de terra analisadas, existiam restos de comida e objectos que permitem fazer um retrato mais rigoroso da Lisboa de então, em particular da segunda metade do século XVI, quando a cidade era capital de um império à escala mundial. Esses achados remetem para o quotidiano, especialmente os hábitos alimentares e as práticas e usos do dia-a-dia.
Lado a lado estão marcas de uma Alfama de pescadores e de marítimos, mas também de uma Alfama nobre. Exemplo disso é o grande número de porcelanas Ming da China, as faianças italianas ou mesmo um dente de marfim.
Não é comum encontrar este tipo de objectos nas escavações arqueológicas em Lisboa. Aliás, o Largo do Chafariz de Dentro é especialmente rico em descobertas. De acordo com os responsáveis do Serviço de Arqueologia do Museu da Cidade, em dois anos e meio foi encontrado mais material neste largo do que em todas as outras obras feitas em Alfama.
O trabalho dos arqueólogos não termina aqui. Segue-se a fase morosa do tratamento dos materiais, que deverá dar lugar a posteriores estudos científicos e trabalhos de divulgação junto da população em geral. Dada a qualidade de alguns objectos prevê-se que integrarão a exposição permanente do Museu da Cidade."
Filmagens em Alfama
Sem querer discutir a qualidade da telenovela em questão (”Deixa-me Amar”), há questões que me parecem pertinentes:
- A população nunca ser avisada de quando vão fazer as filmagens.- A utilização de dezenas de lugares de estacionamento num local onde já de origem são insuficientes (associado ao facto de nunca se saber as datas em que essa “ocupação tem lugar), com a reserva dos locais pela Policia Municipal no dia anterior impossibilitando as pessoas de estacionar no interior de Alfama (onde tem um lugar que é pago [embora o valor seja pouco significativo]) e levando-as a ter que estacionar longe de suas casas em locais com parquimetro.- A ocupação de ruas durante o dia inteiro, impossibilitando a passagem de pessoas.
Todo o incómodo causado por estas filmagens poderia ser diminuido com simples avisos à população com a data e hora das filmagens, e com o fornecimento de locais alternativos de estacionamento para os residentes.
Existem, no entanto, no bairro bons exemplos:
Mas a diferença não se mostrou só ai, a produção da RTP utilizou os serviços do Grupo Sportivo Adicence para servir refeições, em vez de encher um pouco mais Alfama com carrinhas de catering que nada trazem ao bairro."
Palacio dos Condes de S. Miguel ou dos Condes dos Arcos
Passou para a posse de D. Francisco Nuno Álvares Botelho, 1º Conde de S. Miguel, titulo criado pelo Rei D. Filipe III, de Portugal, IV de Espanha em 1633.
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