Alfama

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Palácio dos condes de S. Miguel ou dos Condes dos Arcos - Correcção


Recebi um comentário onde fui informado que não foi por esquecimento que o brasão dos condes dos Arcos está tapado, mas é um acto de luto, pela morte do filho dos proprietários, em 2007.

Pelo erro, peço imensa desculpa.

Pela perda de um filho, dou as mais sinceras condolências.

Alguém, como eu, que defende a história do bairro, só pode defender esta velha tradição de luto pelos falecidos.

Obrigado Sra. Lanka Horstink, por me corrigir.

Em qualquer erro futuro não hesite em me mandar um comentário.

Palácio dos condes de S. Miguel ou dos Condes dos Arcos II

Passei no outro dia no Largo do Salvador, porque um leitor, deste blog, me disse que o brasão dos proprietários está tapado à mais de um ano.

De repente veio-me à memória uma imagem semelhante. Quando lá passei vi esta imagem.

Mas, se o prédio (parece) estar restaurado, qual a razão deste pano. Esquecimento? Ainda não foi restaurado o brasão? Se tal for verdade como o vão restaurar sem andaimes?

Pelo que me consegui aperceber é puro lusitano esquecimento.

Assim, se possível seria bom que retirassem este pano sobre um brasão que demonstra uma parte da história do bairro.

A história está no bairro e nem precisamos de desenterrá-la, basta destapá-la.

A riqueza do largo posta à descoberta

Está no site da Junta de Freguesia de Santo Estêvão, esta noticia, que achei que devia colocá-la aqui.

É um site interessante que ensina muito sobre o bairro. É pena não ser algo que todas as juntas do Bairro tenham como objectivo:


"Já se sabia que existia um troço da Cerca Fernandina no Largo do Chafariz de Dentro, mas nunca se imaginou que estavam ali enterrados objectos da importância dos que foram recentemente encontrados pelos arqueólogos do Serviço de Arqueologia do Museu da Cidade com o apoio da Unidade de Projecto de Alfama.
A muralha, construída entre 1373 e 1375, é desmantelada em 1765 para a construção do edifício da Alfândega. Durante esses quase quatro séculos, os habitantes de Alfama foram deixando inúmeros vestígios que agora são recuperados e estudados pelos arqueólogos.
Nas várias camadas de terra analisadas, existiam restos de comida e objectos que permitem fazer um retrato mais rigoroso da Lisboa de então, em particular da segunda metade do século XVI, quando a cidade era capital de um império à escala mundial. Esses achados remetem para o quotidiano, especialmente os hábitos alimentares e as práticas e usos do dia-a-dia.
Lado a lado estão marcas de uma Alfama de pescadores e de marítimos, mas também de uma Alfama nobre. Exemplo disso é o grande número de porcelanas Ming da China, as faianças italianas ou mesmo um dente de marfim.
Não é comum encontrar este tipo de objectos nas escavações arqueológicas em Lisboa. Aliás, o Largo do Chafariz de Dentro é especialmente rico em descobertas. De acordo com os responsáveis do Serviço de Arqueologia do Museu da Cidade, em dois anos e meio foi encontrado mais material neste largo do que em todas as outras obras feitas em Alfama.
O trabalho dos arqueólogos não termina aqui. Segue-se a fase morosa do tratamento dos materiais, que deverá dar lugar a posteriores estudos científicos e trabalhos de divulgação junto da população em geral. Dada a qualidade de alguns objectos prevê-se que integrarão a exposição permanente do Museu da Cidade."

Filmagens em Alfama

Vi, neste Blog (Alfama) esta noticia.

"Alfama, com as suas caracteristicas únicas, é sempre um palco muito utilizado para séries, filmes e documentários, mas nos últimos meses um fenómeno diferente invadiu Alfama: as telenovelas da TVI. Invadem as pequenas e apertadas ruas de Alfama de carrinhas, equipamento televisivo e actores.
Sem querer discutir a qualidade da telenovela em questão (”Deixa-me Amar”), há questões que me parecem pertinentes:
- A população nunca ser avisada de quando vão fazer as filmagens.- A utilização de dezenas de lugares de estacionamento num local onde já de origem são insuficientes (associado ao facto de nunca se saber as datas em que essa “ocupação tem lugar), com a reserva dos locais pela Policia Municipal no dia anterior impossibilitando as pessoas de estacionar no interior de Alfama (onde tem um lugar que é pago [embora o valor seja pouco significativo]) e levando-as a ter que estacionar longe de suas casas em locais com parquimetro.- A ocupação de ruas durante o dia inteiro, impossibilitando a passagem de pessoas.
Todo o incómodo causado por estas filmagens poderia ser diminuido com simples avisos à população com a data e hora das filmagens, e com o fornecimento de locais alternativos de estacionamento para os residentes.
Existem, no entanto, no bairro bons exemplos:

A RTP recentemente filmou em Alfama, e colocou avisos à população em todos os automoveis e prédios, mostrando assim como é possivel filmar em Alfama e respeitar a população.
Mas a diferença não se mostrou só ai, a produção da RTP utilizou os serviços do Grupo Sportivo Adicence para servir refeições, em vez de encher um pouco mais Alfama com carrinhas de catering que nada trazem ao bairro."

Palacio dos Condes de S. Miguel ou dos Condes dos Arcos





No Largo do Salvador nº 14 a 24, ergue-se o grande e singelo Palácio dos Condes dos Arcos ou dos Condes de S. Miguel. Fundado por D. João Esteves de Azambuja, bispo do Porto, a sua história encontra-se ligada à do vizinho Convento do Salvador. O palácio foi ampliado no século XVII, passando para a posse dos condes dos Arcos de Valdevez. Ostentando fachada austera, apresenta no portal as armas dos seus segundos proprietários, abrindo-se depois num pátio com arcadas. Destaquem-se ainda os azulejos setecentistas e a pequena capela.


Passou para a posse de D. Francisco Nuno Álvares Botelho, 1º Conde de S. Miguel, titulo criado pelo Rei D. Filipe III, de Portugal, IV de Espanha em 1633.


Hoje é ainda visível a fachada austera e no portal as armas dos proprietários.

Por ser um imóvel particular, não é permitido visitar o seu interior.

É mais um imóvel que devia ser tratado, recuperado de modo a que não entre no nevoeiro do esquecimento da população.

Incendio em Alfama

Houve um incêndio em Alfama, no dia 15 de Janeiro de 2008 onde doze pessoas tiveram de ser realojadas. Do incêndio que deflagrou no número 22 do Beco das Cruzes, 11 viviam no prédio atingido pelas chamas e o 12º habitava num edifício da Rua Castelo Picão, cuja cobertura foi também afectada pelo fogo. Do incidente resultou um ferido ligeiro, um bombeiro que sofreu uma queimadura num ombro. O incêndio começou pouco antes das 11 horas, no terceiro andar do número 22, tendo sido dado como extinto minutos antes das 12.30 horas. O piso ardeu por completo e as chamas acabaram também por atingir a cobertura do edifício, que foi consumida. O regresso dos moradores ao prédio teve de ser vedado, uma vez que a chaminé ficou em risco de colapso interno.
Tal situação vem demonstrar que, devido à constituição dos prédios e das ruas de Alfama, foi uma sorte que o mesmo tenha ficado apenas neste prédio e não tenha alastrado ao bairro. Talvez porque ocorreu durante o dia, talvez porque foi socorrido a tempo, talvez por sorte.

O bairro necessita de ter Bocas de incêndio preparadas e que as obras de reconstituição do bairro terminem o estreitamento das ruas, que, por si só, já são estreitas.

Esperemos, por ultimo, que as obras de reconstituição do prédio e o tempo que os moradores vão ficar longe do bairro não os afaste em definitivo.


Até quando a relevância turística de Lisboa? É tão fácil!



A propósito do post "Até quando a relevância turística de Lisboa?" publicada por FJorge.
Deixo aqui alguns desenhos para aqueles que não entendem poderem verificar como poderia ser tão fácil, um espaço urbano aprasível, simples, sem exercícios de estilo, ou assinatura de arquitectos famosos. Espaços onde seria bom passar as tardes até para os turistas!.



Estas fotos são tiradas de um espaço urbano magnifico, junto do Castelo de São Jorge, ao lado de um excelente hotel com vista para São Vicente, Santa Engrácia, Alfama, e o Rio.
Publicado em Cidadania LX por Gonçalo Cornelio da Silva

Palácio dos Condes de Coculim



Parece, se nada ou o IPPAR, não impedir, que o Palácio dos Condes de Coculim vai passar a ser um Hotel de 5 estrelas no Bairro de Alfama. Fica situado na Rua Cais de Santarém, nº 66. Pertenceu ao Marquês de Fronteira e passou a um filho, D. Francisco Mascarenhas, o 1º conde de Coculim (nome de uma das terras lusitanias da Índia. Era um edifico que datava do SEC. XVII e uma das vitimas do terramoto de 1755. Em 1965 era usado pela firma Sommer &C.ª, para armazém. Vazio e em alto estado de degradação apenas se consegue ver o brasão na esquina com a Rua Arco de Jesus e uma porta Barroca. Espero que não destruam o que ainda existe mas que dêem vida a um imóvel que merece ser preservado.

Alfama dos Madredeus

Pela Tum'Acanénica da Universidade Lusíada de Famalicão

Marcha de Alfama 2007

Tetra campeões. Quando quer este bairro consegue mostrar que é o melhor. Só precisa de trabalhar e de acreditar em si próprio

Amalia Rodrigues

Com um Grande poema de José Carlos Ary dos Santos

Ruas de Alfama

Ruas, becos, escadas de alfama

Utentes da Carris contra redução de carreiras

"A luta continua" para os utentes da Carris que, ontem, entregaram um abaixo-assinado com mais de oito mil assinaturas ao chefe de gabinete do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC) contra a supressão, redução de trajectos e alteração de circuitos de várias carreiras da empresa pública de transportes. Os representantes do movimento apontam o dedo à Carris e ao Governo pela concretização da "famigerada" Rede 7, no âmbito da qual foram feitas as alterações, acusando-os de "isolarem cada vez mais as populações" de zonas como Alfama, Olivais, Campolide, Estrada de Benfica e Bairro da Boavista. "Locais onde residem muitos idosos" salientou Paulo Amaral, da Comissão de Utentes, de Alfama. No fundo, prosseguiu, "eles querem substituir os transportes à superfície pelo metro".
Ana Fonseca in Jornal de Noticias

E se os utentes tiverem dificuldades de locomoção (pois a distancia desde as estações do metro e da Carris, em Alfama, distam cerca de 6oo metros), ou Clautrofobia?
Não pode um meio de transporte substituir outro. Qualquer dia iamos ver a Carris a tirar estações e linhas quando descobrisse que os habitantes da zona tinham todos viatura automóvel.

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