Alfama

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Arqueologia ou reabilitação – alternativa ou duas faces da mesma moeda?

Em Alfama sabemos que a reabilitação do bairro começada há mais de 15 anos e muito longe do fim é algo importante e que deve ser um esforço de todos. Mesmo para a C. M. Lisboa, que tem dezenas de obras paradas no bairro e que impede que as pessoas possam viver nas suas casas. Sendo mandadas para outros bairros da cidade por vários anos que, muitas vezes, passam da década. Existindo um desprender das raízes das pessoas ao bairro.
Alfama é um bairro histórico, com casas muito antigas, com falta de espaço, luz natural, já para não falar de estacionamento, elevador, vidros duplos, etc.
No entanto, existe desde á mais de 15 anos uma reabilitação no bairro que, teoricamente vem manter a fisionomia do bairro e impedir o despovoamento e quedas dos prédios.
Mas, quando se faz obras em prédios, descobre-se historia por debaixo dos mesmo prédio.
Exemplo disso é o prédio na Rua Norberto Araújo, nº 29 que está para reabilitação há mais de uma dezena de anos. Ao tentarem reabilitar foi descoberto por detrás do prédio, parte da muralha antiga, ou moura, e uma torre posterior que ainda não se sabe de que data. Tal situação deve-se ao facto de que não é possível saber a data em que as pedras da torre foram feitas. Assim, só com especulação podemos alcançar a verdade.
No entanto, sendo uma torre moura em fase tardia, ou uma torre posterior à tomada da cidade pelos cristãos, não deixa de ser uma descoberta importante que deve ser mostrada ao publico. Mas cria uma situação que deve ser ressalvada. As pessoas que viviam no prédio querem voltar para o mesmo. E a isso têm direito. Como resolver esta situação.
Não deve a C. M. Lisboa proteger o património do país e ao mesmo tempo proteger a propriedade privada e dar os direitos a quem deles é merecedor?
Tais situações acrescidos ao facto de que a falta de dinheiro impede a que se chegue a uma solução rápida e justa, vem criar questões que não são de fácil resposta.
Por mim considero que dentro do possível deve-se preservar o património, com a ressalva que não pode o bairro transformar-se num museu. Mas num bairro habitacional onde vida e património sejam duas faces da mesma moeda chamada Alfama.
Se pretenderem saber as dificuldade da arqueologia no bairro de Alfama sigam este link.

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