
Alfama

Transportes Públicos

Notícias contraditórias

A Câmara Municipal de Lisboa prevê gastar quase 95 milhões de euros em reabilitação urbana em várias zonas e bairros da capital até 2011, dos quais 19,6 milhões de euros só em 2008.
De acordo com o plano plurianual de investimentos da autarquia apresentado terça-feira pelo presidente da autarquia, António Costa, os bairros de Alfama e do Castelo vão ser os mais beneficiados, com um montante global de 26,5 milhões de euros, dos quais 5,3 milhões de euros a aplicar já no próximo ano. "
"CML acumula uma dívida a fornecedores de 832 M€
A Câmara Municipal de Lisboa acumula uma dívida a fornecedores de 832 milhões de euros, uma situação de «ruptura financeira», de acordo com o relatório de execução financeira da autarquia relativo ao primeiro trimestre deste ano.
Segundo o relatório de execução financeira do primeiro trimestre de 2007, citado hoje pelo Rádio Clube Português, existe um «desequilíbrio financeiro estrutural ou de ruptura financeira» na autarquia lisboeta.
A 31 de Março deste ano, a dívida a fornecedores a curto prazo situava-se nos 316 milhões de euros, sendo a dívida a fornecedores a médio e longo prazo de 516 milhões de euros. "
A Assembleia Municipal de Lisboa repetiu hoje a votação da proposta de empréstimo de 400 milhões de euros, que desta vez foi aprovada por maioria absoluta, com o PSD votar favoravelmente.
Na votação realizada na semana passada, a proposta passou com os votos favoráveis do PS, PCP, Os Verdes e Bloco de Esquerda e as abstenções do PSD e CDS.
Desta vez, a proposta, que se mantém nos mesmo termos aprovados a semana passada, teve os votos favoráveis do PSD, PS, Bloco de Esquerda, Os Verdes, PCP e a abstenção do CDS-PP.”
Vê-se noticias como estas, parcialmente transcritas, e ficamos a pensar que existe algo que não está correcto.
Como pode a C. M. Lisboa investir 94,9 Milhões de Euros se o empréstimo que a Caixa Geral de Depósitos vai conceder (mais nenhum banco quis emprestar), caso seja aprovado pelo Tribunal de Contas, no valor de 400 Milhões, não chega para pagar aos credores?
Esperemos que a Administração do Porto de Lisboa não siga este exemplo.
Marcha de Alfama no Brasil

Salvador - Em comemoração aos 200 anos da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, a Bahia sediará diversas atividades culturais. Governo do Estado e Prefeitura Municipal, juntamente com a Câmara Portuguesa e o Consulado Geral de Portugal em Salvador, organizadores do evento, prepararam uma extensa programação, visando difundir e aproximar os valores culturais entre Salvador e Lisboa. Entre os dias 1º e 9 de dezembro chegará à capital baiana uma comitiva composta por autoridades portuguesas e aproximadamente 80 membros da Marcha Popular de Alfama, vencedora das Marchas Populares de Lisboa deste ano. Na oportunidade, os visitantes participarão das festas locais de Santa Bárbara, dia 4 de dezembro, e Nossa Senhora da Conceição da Praia, dia 8, que abrem o calendário de Festas de Largo da cidade. No programa estratégico da comemoração dos 200 anos estão previstos a exposição das Máscaras Portuguesas, no Gabinete Português de Leitura, a exibição do documentário musical Fados, de Carlos Saura, na Sala Walter da Silveira e Câmara Municipal de Salvador, e o desfile da Marcha Alfama pelo Centro de Salvador, juntamente com o afoxé Filhos de Gandhy, o Cortejo Afro e a Fanfarra Integração da Bahia. A comitiva também visitará organizações culturais da cidade, como Instituto Oyá, no bairro de Pirajá, onde fará oficinas de Capoeira, dança Afro e Percussão. O secretário de Relações Internacionais, Leonel Leal, destaca “que esse evento, além de permitir o intercâmbio cultural entre Salvador e Lisboa, contribuirá para uma aproximação política com o país europeu, fortalecendo laços culturais, diplomáticos e políticos entre as cidades-irmãs”. A coordenadora de Cooperação Bilateral e Rede de Cidades da Secri, Helena Santana, reforça “que a oportunidade permitirá a celebração do título de Capital Lusófona da Cultura conferido a Salvador pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa - UCCLA”.
Limpeza da Cidade de Lisboa
No entanto, e no que concerne a Alfama, basta andar pelo bairro para preceber que não basta uma limpeza das pedras da calçada para dar mais condições ao bairro. Não digo que a limpeza não seja bem vinda. Mas só não chega.
Num bairro onde há mais de 20 anos se criou uma associação de protecção da população e património do bairro (APPA – Associação da População e Património de Alfama) com o lema Reabilitação ou Morte. Onde ao longo das inúmeras eleições é prometida a conclusão da mesma para o bairro. Onde foi criado um gabinete técnico de Alfama que hoje, para variar, já tem o nome de Unidade de Projectos de Alfama e sem qualquer poderes sobre as obras do bairro. Onde as obras do bairro obrigam a emigrar os habitantes do bairro para vários quilómetros de distância e durante décadas. Onde o aluguer das casas onde a C. M. Lisboa alojou estas pessoas obriga a um dispêndio de recursos de uma câmara financeiramente falida. Pois as rendas pagas pelas novas casas não se comparam às rendas originais, sendo a C.M. Lisboa a pagar a diferença. Tais situações não serão disfarçadas pela limpeza das ruas. O que interessa para um habitante ver a calçada limpa se não existem caixotes do lixo para colocar o mesmo? Para quê a limpeza das ruas se não pode utilizar uma assoalhada da sua pequena casa com medo de ir parar ao vizinho de baixo? Para quê isto se muitos prédios necessitam de obras e nada é feito?
Penso que falta prioridades reais à C.M. Lisboa. Não se pode "tapar o sol com a peneira" e não serão as pessoas que vem visitar as ruas ao fim de semana ou comprar na Baixa-Chiado ou em Alfama que vão votar nas próximas eleições. São os habitantes e é nestes que as prioridades devem ser colocadas. Desde logo, com a limpeza financeira da C. M. Lisboa e com a descentralização de poderes, para os órgãos que já existem, como a Unidade de Projectos de Alfama que estando situada no bairro e tendo conhecimento dos problemas do mesmo é mais capaz de resolver os problemas deste do que qualquer vereador que visitou Alfama durante a campanha eleitoral.
Obras em Alfama
Até ao momento foi recomeçada a reabilitação do Jardim de S. Pedro de Alcântara que estará pronto em Fevereiro de 2008, a construção de uma residência para idosos em Campolide e a requalificação dos postos de limpeza na Rua Filipe da Mata (Rego). Segunda-feira a Edifer retoma uma das maiores e mais antigas obras de Alfama, na Rua de S. Pedro, que desde há cinco anos vive na penumbra e inactividade - as peixeiras mudaram-se - devido aos tapumes. Nas imediações, o edifício municipal do Beco do Azinhal entrará em acabamentos nos próximos dias. Mais acima, no Castelo, a câmara já regularizou os pagamentos à construtora Soares da Costa e os trabalhadores regressam em breve à Rua do Recolhimento. A empreitada da Rua de São Bento, junto à Assembleia da República, tem o reinício marcado para 15 de Novembro.
Uma dívida da Câmara Municipal de Lisboa de 1,5 milhões de euros levou à falência da construtora Pavia e à consequente impossibilidade de reiniciar cinco empreitadas: a reconstrução da Rua Damasceno Monteiro (Anjos) e da Alameda da Linha de Torres (Lumiar), o prolongamento da Rua Gonçalo Mendes da Maia (Pedrouços), a conservação e reconstrução de arruamentos e passeios na cidade e trabalhos diversos de recarga de pavimentos. No lote dos irrecuperáveis estão também os trabalhos na Rua de Macau (Anjos).
Em Alfama há igualmente três empreitadas, todas incluídas no Projecto Integrado do Chafariz de Dentro, que não serão retomadas nos próximos tempos: a reabilitação no Beco do Espírito Santo, na Rua de São Miguel/Beco das Barrelas e na Rua Norberto Araújo. Este último, orçado em 5,6 milhões de euros tem um efeito visual especialmente marcante, afectando a vista do miradouro de Santa Luzia: em vez de rio e casario vêem-se chapas de zinco. Por fim, na Mouraria, a obra de conservação de vários edifícios continuará parada."
Arqueologia ou reabilitação – alternativa ou duas faces da mesma moeda?
Alfama é um bairro histórico, com casas muito antigas, com falta de espaço, luz natural, já para não falar de estacionamento, elevador, vidros duplos, etc.
No entanto, existe desde á mais de 15 anos uma reabilitação no bairro que, teoricamente vem manter a fisionomia do bairro e impedir o despovoamento e quedas dos prédios.
Mas, quando se faz obras em prédios, descobre-se historia por debaixo dos mesmo prédio.
Exemplo disso é o prédio na Rua Norberto Araújo, nº 29 que está para reabilitação há mais de uma dezena de anos. Ao tentarem reabilitar foi descoberto por detrás do prédio, parte da muralha antiga, ou moura, e uma torre posterior que ainda não se sabe de que data. Tal situação deve-se ao facto de que não é possível saber a data em que as pedras da torre foram feitas. Assim, só com especulação podemos alcançar a verdade.
No entanto, sendo uma torre moura em fase tardia, ou uma torre posterior à tomada da cidade pelos cristãos, não deixa de ser uma descoberta importante que deve ser mostrada ao publico. Mas cria uma situação que deve ser ressalvada. As pessoas que viviam no prédio querem voltar para o mesmo. E a isso têm direito. Como resolver esta situação.
Não deve a C. M. Lisboa proteger o património do país e ao mesmo tempo proteger a propriedade privada e dar os direitos a quem deles é merecedor?
Tais situações acrescidos ao facto de que a falta de dinheiro impede a que se chegue a uma solução rápida e justa, vem criar questões que não são de fácil resposta.
Por mim considero que dentro do possível deve-se preservar o património, com a ressalva que não pode o bairro transformar-se num museu. Mas num bairro habitacional onde vida e património sejam duas faces da mesma moeda chamada Alfama.
Se pretenderem saber as dificuldade da arqueologia no bairro de Alfama sigam este link.
Miradouro de Santa Luzia
Porto de Lisboa vs. Miguel Sousa Tavares e Terminal de Cruzeiro
Estas são duas noticias do DN On line: Porto de Lisboa processa Miguel Sousa Tavares "A Administração do Porto de Lisboa (APL) anunciou ontem que deu entrada a uma queixa-crime contra o jornalista Miguel Sousa Tavares por "difamação". Em causa estão declarações de Sousa Tavares sobre o projecto da APL para o terminal de cruzeiros de Lisboa, que previa um edifício de 600 metros de comprimento junto ao rio. O jornalista classificou a Administração como sendo "um bando de malfeitores".Ontem, a APL emitiu uma nota em que visa esclarecer a polémica em torno do projecto para o terminal de cruzeiros, em que tem sido acusada de não ouvir a Câmara de Lisboa. Assim, a APL sublinha que manteve várias reuniões de trabalho sobre o terminal de cruzeiros, que recebe cerca de 200 mil passageiros por ano sendo o porto europeu com maior movimento, com "a equipa liderada por Maria José Nogueira Pinto, na vigência da anterior vereação". Além destas reuniões, a APL acrescenta que foram mantidas outras reuniões de trabalho com a Parque Expo.Quanto ao edifício do terminal de cruzeiros, a APL explica que o projecto que foi divulgado era "meramente, um estudo do que poderia vir a ser o terminal, o qual não foi objecto de qualquer aprovação". O Porto de Lisboa vai mais longe e "nega que exista um projecto de engenharia e/ou de arquitectura para o terminal de cruzeiros de Santa Apolónia". Apesar de já estarem em curso obras naquele local, é ainda referido que "está em curso, exclusivamente, a execução da obra marítima de consolidação da muralha".O projecto foi contestado pela Câmara Municipal de Lisboa, tendo levado mesmo a que fosse votada uma inédita moção conjunta do vereador José Sá Fernandes (BE) e do movimento Lisboa com Carmona, do ex-presidente da autarquia, Carmona Rodrigues. A moção foi aprovada apenas com a abstenção do PSD e visava "contestar junto do Governo e da APL a construção do edifício projectado" para Santa Apolónia.A APL vem agora afirmar que "por orientação expressa da tutela (Secretaria de Estado dos Transportes) o projecto para o terminal de cruzeiros deverá ser concretizado e desenvolvido em estreita coordenação com o Município de Lisboa." O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, já afirmou esta semana que o estudo apresentado "está morto e enterrado", garantindo que este não será construído.Foi o estudo de projecto revelado para aquela zona, que previa um edifício de 600 metros de comprimento e seis de altura, que motivou as críticas. Num debate promovido pelo Fórum Cidadania Lisboa e pela Associação do Património e da População de Alfama, a 28 de Setembro, Sousa Tavares disse que "ao contrário de pessoas que dizem que a APL tem coisas positivas, acho que é uma associação de malfeitores", acrescentando ainda que "é um inimigo público da cidade", pelas construções que autorizou. Presente no mesmo debate, o eventual próximo responsável pela frente ribeirinha, José Miguel Júdice, disse estar "numa espécie de limbo", já que não foi nomeado para qualquer cargo.Ao DN Miguel Sousa Tavares disse preferir não comentar o caso. O contacto com o vereador do Urbanismo na CML, Manuel Salgado, não foi possível até ao fecho desta edição." "Sociedade para frente do rio não terá poderes decisórios Moradores saúdam fim do projecto" "Sociedade para frente do rio não terá poderes decisórios A sociedade que irá promover a reabilitação da frente ribeirinha de Lisboa - que incluirá a Câmara e o Governo - não deverá ter poderes de licenciamento, afirmaram à Lusa vereadores da Oposição na Autarquia lisboeta. A informação foi anteontem transmitida aos vereadores por António Costa, presidente da CML, durante uma reunião extraordinária dedicada à frente ribeirinha. "Há o princípio, com o qual o presidente concorda, de que a empresa ou sociedade não tenha poderes de licenciamento, e nisto tem o apoio da vereação, o que lhe dá força para negociar com o Governo", disse a vereadora do movimento "Cidadãos por Lisboa" Helena Roseta, que já tinha manifestado a sua oposição à constituição de uma sociedade com as características da Parque Expo, que promoveu a Expo 98 e que tinha poderes de licenciamento. A vereadora, que tinha solicitado a reunião com o apoio dos restantes vereadores da Oposição, considerou que a sessão foi "extremamente útil", voltando a insistir na importância da discussão pública de qualquer projecto para a frente do Tejo. António Costa e o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado (PS), informaram igualmente os vereadores sobre o trabalho de delimitação das áreas sob jurisdição da Administração do Porto de Lisboa que não dizem respeito a actividades estritamente portuárias e que deverão passar para a soberania plena da Autarquia. "Tem de haver uma clara separação das águas e agora há condições políticas para tal", disse por sua vez Carmona Rodrigues, anterior presidente do Executivo", acrescentando que o facto de o PS estar no Governo e na Câmara "ajuda muito".O ex-presidente da CML manifestou-se, contudo, "preocupado" em relação a alguns projectos da APL, dos quais tomou conhecimento na reunião, designadamente o "aterro da Doca do Espanhol, a construção de uma plataforma no cais de Alcântara, em frente a Santos, e o aumento da capacidade dos contentores". Já o vereador do PCP Rúben de Carvalho considerou "um passo muito importante" que as áreas da APL sem natureza portuária passem para a tutela da CML.A Associação do Património e da População de Alfama (APPA) manifestou ontem o seu regozijo pelo anunciado abandono do projecto de terminal de cruzeiros em Santa Apolónia. "Tratava-se de um mau projecto, sem qualquer discussão pública, e que teria graves impactos em Alfama ao nível do acesso ao rio, de sistema de vistas, fluxos de tráfego e equipamentos sociais", sublinham os responsáveis, em comunicado. A associação volta a ainda a questionar "a oportunidade deste investimento". "Se se pretende reforçar a capacidade e o poder de atracção turística da cidade de Lisboa, não seria mais urgente investir no processo de reabilitação urbana dos bairros históricos", questiona a APPA que apela ao Governo, APL e à Câmara para que levem em conta os interesses e a vontade dos moradores em novos projectos que venham a apresentar para a zona ribeirinha." |
A Administração do Porto de Lisboa, apesar de ter sido convidada várias vezes par o debate, nada respondeu nem apareceu. Mas não gosta que as pessoas, que pretendem saber o que se vai construir na cidade, chateadas por serem desprezadas digam o que vai na alma.
Quanto ao resto, acho bem que os políticos liguem ao que o povo pensa. Já que é algo que a APL não se preocupa.
Alfama: artistas expõem carne em decomposição
«Isto é uma exposição? Ó meu Deus!», afirma Guilherme, merceeiro do bairro.
«Isto» é um cubo de acrílico que contém uma perna de carneiro a ser decomposta por larvas e varejeiras, com um copo de vidro com água ao lado, uma peça colocada à entrada da galeria e que pretende representar a vida e a morte.
«Life» (vida) é o tema da exposição, mas o visitante é também confrontado com o seu contrário, a morte.
«Flie» - que joga com as mesmas letras de «life» e tem, em inglês, o som da palavra «mosca» («fly») - representa esta antítese, materializada numa outra peça da exposição, um conjunto de quadros em que moscas mortas, coladas à tela, assumem protagonismo.
O jogo de palavras - «Life» e «Flie» - não é inocente.
«Nós, humanos, estamos sempre a matar as moscas. Elas representam a morte», explica um dos dois artistas que criaram a exposição, que pretende levar o observador a pensar na morte e consequentemente na vida.
«A vida só tem sentido se houver morte», salienta.
«Não esquecerão o que viram»
A galeria abriu portas na Rua dos Remédios no início de Setembro, estando prevista a sua abertura oficial em Novembro, altura em que as peças expostas estarão disponíveis para venda.
Até lá, indicou o artista inglês, todos são bem vindos a entrar neste espaço para ter uma ideia daquilo que será a exposição.
A decisão de abrir a galeria em Lisboa é justificada com a maior facilidade de entrar no meio cultural, face a outras capitais europeias.
Moscas, larvas e carne putrefacta podem repugnar quem por ali passa, mas mais importante que tudo é que «não esquecerão o que viram», o que obrigará sempre as pessoas a reflectir sobre a vida e a morte.
As opiniões dividem-se
Entre a população, as opiniões sobre a obra dos dois artistas divergem, mas a curiosidade parece ser generalizada entre os moradores de Alfama.
Rosário, moradora, diz que olha «sempre para lá, a ver se lá está a mesma coisa».
Confessa que se assustou a primeira vez que viu a obra, que lhe «parecia um chispe», mas depois ouviu dizer que «era um osso de presunto cheio de bichos».
Ivo, trabalhador no bairro, viu de passagem a obra, que diz ter achado «arrepiante», apesar de defender «a diferença e a originalidade».
«Aquilo faz-me um bocadinho de confusão. Uma varejeira... cultura», ironiza.
In Portugal Diário 27/09/2007
Debate sobre o Terminal de Cruzeiro
Traficante caçado em Transacção em Alfama
"A PSP de Lisboa deteve um homem de 44 anos por tráfico de estupefacientes após tentar vender droga a outro indivíduo na zona de Alfama.
Pelas 17h30 de domingo um elemento da PSP surpreendeu os dois homens durante a transacção, mas estes colocaram-se em fuga pelas ruas estreitas do bairro de Alfama.O polícia perseguiu o traficante, conseguindo interceptá-lo pouco depois. Antes de ser detido, o homem ainda tentou desembaraçar-se da droga e de alguns objectos, mas foi impedido pelo elemento da polícia que estava no seu encalço.Ao traficante foram apreendidos vários tipos de droga, nomeadamente 4,34 gramas de heroína, duas gramas de haxixe, quarenta e quatro comprimidos para misturar com estupefacientes, uma navalha tipo borboleta e 423 euros, que se supõe serem produto do tráfico de droga.Presente ao Tribunal de Instrução Criminal, o indivíduo ficou obrigado a apresentações periódica numa esquadra."
Imóveis e valor de metro quadradro
Se tiverem algum tempo, basta fazerem uma pequena pesquisa na net sobre imóveis e existe algo que nos surpreende a todos, menos para quem já comprou ou procura casa para comprar. Em primerio lugar, o valor por metro quadrado de uma casa aumenta só e unicamente pelo simples facto de a mesma se situar no concelho de Lisboa. A razão é unica e exclusivamente o facto de assim não existe o problema do transito. Só quem não cicula m Lisboa é que acha que o transito só há entrada da cidade e não dentro desta. Todos os que por alguma razão têm de andar de viatura automóvel sabem os problemas da Av. da Républica, e avenidas novas, túnel da João XXI, Avenida da Liberdade, entre muitos outros. Para além do facto de que é cada vez mais dificil estacionar o carro na cidade sem ser nos famosos parques da EMEL. Assim, não precebo qual a razão de as casas serem com valores muito mais elevados (por metro quadrado). Por outro lado, as razões do valor acrescentdo das habitações em Lisboa, não se aplicam a um bairro que aqui falamos - Alfama. É muito dificil para não dizer quase impossivel estacionar a viatura á porta de casa e nos locais que a EMEL têm estão quase sempre cheios. Existindo a necessidade de pagar o estacionamento no Jardim do tabaco, que se for com a autorização da junta onde está a nossa morada, fica pelo valor de Eur. 25,41€. Acresce que a viatura fica em muitos casoa a cerca de 400 metros de casa. Sendo sse percurso que temos de fazer diariamente, msmo com as compras do mês. Por outra lado, as casas têm cerca de 200 a 300 anos. Podemos dizer que são casas históricas, mas sem elevador, se vidros duplos, sem caixas de ar, sem porta blindada, sem tudo aquilo que as pessoas procuram quando compram uma casa e que a evolução dos ultimos 100 ou 200 anos nos deu. Pelo menos pelos valores que estão à venda em Alfama consigo comprar uma casa nova ou recent no concelho da Amadora ou Loures.. Existe a freguesia de São Miguel, uma casa, T0, pelo valor de 85.000€, mas a precisar de remodelação, 4º andar sem elevador, mas indicando que é uma casa do sec. XVIII, histórica, pelo menos história tem. Encontrei outra casa, para obras totais, um T3, com área util de de 70,83 metros quadrados pelo preço de 241.500€. Fazendo o preço por metro quadrado chegamos ao valor de 2.540€. Lembrem-se que dizem para obras totais. Sei que todos os vendedores de casas acham, que uma casa nova com valores por metro quadrado acima de 2.250€, um preço muito elevado. E esta é para obras totais. Consigo encontrar facilmente casas com 4 anos nos olivais com áreas maiores onde o preço por metro quadrado é de 1.771€. E este bairro é doa anos sessenta e talvez o unico feito com algum planeamento. Dai ver-mos cada vez mais placares de vende em Alfama e poucos são tirados. Alguém devia dizer ao proprietário que uma casa em Alfma não é nenhuma mina de ouro. |
Proposta dos vereadores da Lista "Cidadãos por Lisboa" para reconciliar a cidade com o rio
Os vereadores Helena Roseta e Manuel João Ramos elaboraram esta proposta de reconciliação da cidade com o Rio para ser discutida em reunião de Câmara:"Proposta /2007
Reconciliação da cidade com o rio
Considerandos:
O modelo urbano subjacente ao Plano Estratégico de Lisboa ( PE ), aprovado em 1992, e ao Plano Director Municipal ( PDM ), aprovado em 1994, delimitava uma zona intitulada “arco ribeirinho”, constituída “por uma estreita faixa, de Belém a Beirolas, na qual se decidem as relações entre a cidade e o rio” e que “permite a ligação ribeirinha entre os sectores poente, a Baixa e a zona oriental da cidade ( mapa 1 )
O mesmo Plano Estratégico de Lisboa consagrou de forma inovadora a Estrutura Verde da cidade, como um sistema ecológico formado por uma estrutura verde principal e uma estrutura secundária. Os espaços livres da margem ribeirinha do Tejo deveriam, segundo o PE, ser incluídos na estrutura verde principal.
A estrutura verde da cidade acabou por ser consagrada no PDM através das componentes ambientais urbanas. A planta mostra que o arco ribeirinho, para além de dever estar integrado na estrutura verde principal, é simultaneamente zona de elevado risco sísmico, o que contribui para agravar a fragilidade e necessidade de protecção de toda a zona ribeirinha ( mapa 2 ). Recorde-se que as condicionantes urbanísticas decorrentes das componentes ambientais urbanas do PDM prevalecem sobre as regras de edificabilidade.
A frente ribeirinha é também historicamente uma zona portuária, com papel essencial na identidade e na vida da própria cidade. A essa carga histórica há que juntar o papel simbólico do rio e do porto de Lisboa na percepção da cidade ao longo dos tempos e nas múltiplas formas de expressão artística, literária e poética associadas a Lisboa.
A evolução da actividade do porto de Lisboa tem vindo a sofrer impactos significativos com a emergência de novas condições concorrenciais, devidas à evolução tecnológica e à própria globalização, estando Lisboa actualmente em perda progressiva comparativamente a outros portos europeus e até ibéricos.
É determinante para Lisboa promover uma nova visão da zona ribeirinha que permita a reconciliação da cidade com o seu rio, sem perder a função portuária. Esta reconciliação é tanto mais difícil quanto maiores forem as barreiras físicas ao contacto visual e directo com o rio e quanto mais pesadas forem as infra-estruturas portuárias, ferroviárias e rodoviárias sucessivamente instaladas sobre zonas de aterro, paralelamente à linha de costa.
A reconciliação das cidades portuárias com as frentes de água é hoje uma das linhas estratégicas que está a pressionar formas inovadoras de compatibilizar actividades nessas zonas em muitas cidades portuárias do mundo, nomeadamente através da devolução ou criação de novos espaços públicos e da resolução de conflitos entre a fruição das frentes de água e as actividades que nela podem ser exercidas, procurando privilegiar funções de lazer e recreio.
O actual modelo de gestão territorial da zona ribeirinha de Lisboa, sob a jurisdição total da Administração do Porto de Lisboa ( APL ), é um anacronismo que foi amplamente criticado por sucessivas vereações municipais e unanimemente contestado por todas as forças concorrentes às eleições intercalares de Lisboa de 2007.
O Plano Estratégico da APL, ao abrigo do qual têm vindo a ser comprometidas sucessivas áreas da frente ribeirinha para edificações de diversa natureza, não foi debatido publicamente e a CML teve apenas a possibilidade de sobre ele se pronunciar sem carácter vinculativo. No entanto, as disposições do PDM, nomeadamente as condicionantes urbanísticas da Componentes ambientais urbanas, são vinculativas para toda a Administração pública.
Há notícias de intervenções previstas para a zona ribeirinha que podem pôr em causa os objectivos essenciais das componente ambientais urbanas do PDM. Mas além disso não estão a ser salvaguardados o direito à informação e à participação previstos no Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão territorial ( decreto lei nº 390/99 de 22 de Setembro ), respectivamente nos seus artigos 5º e 6º.
No acordo político entre o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda para a actual gestão autárquica afirma-se que a Câmara deverá exigir do Governo a retirada à APL da tutela sobre as áreas não ocupadas por actividades especificamente portuárias.
Notícias recentes dão conhecimento da intenção governamental de criar para a zona ribeirinha de Lisboa um modelo de gestão territorial que passará eventualmente pela criação de uma terceira entidade, em moldes que não foram apresentados e que não são do conhecimento de toda a vereação.
Os objectivos do rigor e da transparência não devem ser defraudados por processos de decisão que não envolvam, não apenas toda a vereação de Lisboa, mas também os restantes órgãos municipais e os munícipes.
Há hoje em dia experiência acumulada por outras cidades portuárias na prossecução de estratégias de reconciliação entre os seus portos e as respectivas populações que devem ser inspiradoras, nesta fase de mudança, para a cidade de Lisboa.
Assim, proponho:
1. Que a Câmara determine com prioridade a cartografia exacta das “áreas não ocupadas por actividades especificamente portuárias” na zona ribeirinha afecta à APL.
2. Que os serviços da Câmara preparem, sob a orientação do senhor vereador Manuel Salgado, um concurso de ideias sob o tema “Reconciliação da cidade com o rio”, a lançar antes da decisão sobre o modelo de gestão territorial a aplicar na zona ribeirinha.
3. Que o futuro modelo de gestão a aplicar na zona ribeirinha seja objecto de debate público antes da deliberação por parte da Câmara Municipal de Lisboa.
Lisboa, 13 de Setembro de 2007
Pelos vereadores “Cidadãos por Lisboa”
A Vereadora
Helena Roseta "Quanto à proposta não tenho nada contra excepto que parece uma proposta um pouco geral e abstracta e sem nada de conteúdo concreto em relação às zonas onde a cidade se encontra com o rio. E que não são poucas.
Quanto ao nº 1 da proposta dos vereadores é uma proposta de "uma faca de dois gumes". Se olharmos para aquilo que o APL pretende fazer no Cais do Jardim do Tabaco, podem eles dizer que é uma área ocupadas por actividades especificamente portuárias, desembarque de passageiros. Não podendo, segundo eles ser feito noutro local. No entanto, pelo que se sabe do projecto, que é quase nada, é também um centro comercial, um hotel e uma barreira da população para chegar ao rio.
Sendo assim, o APL pode continuar a fazer o que quer.
Em segundo lugar pretendo ajudar quem ler esta proposta o Regime Jurídico dos instrumentos de Gestão Territorial que ao contrario da proposta dos vereadores não é o Decreto-Lei 390/99 mas o Decreto-Lei 380/99 de 22 de Setembro, que poderão ler neste link. Acresce que o mesmo diploma, o Decreto-Lei 380/99 de 22 de Setembro, já foi alterado pelo Decreto-Lei 310/2003 de 10 de Dezembro. Algo que escapou aos assessores dos vereadores, fazendo referencia a um diploma alterado por outro posterior. Podendo estar a falar de normas alteradas. Devem, de futuro ter mais cuidado com as propostas. Devem ter assessores para isso. pelo menos é a função deles, apesar de na prática ser um lugar para amigos e não para que tem capacidade.
Em terceiro lugar, o mapa que apresentam é só da zona de Belém a Beirolas, existe uma área muito maior de contacto da cidade com o rio que não é apresentada nem dado qualquer ideia para o que se poderá fazer. falta igualmente referir a desproporcionada construção e o problemas futuros de transito que se vai criar na zona do Cais do Sodré com os edifícios que estão a ser criados.
ISPA - Instituto Superior de Psicologia Aplicada

José Claudino Rodrigues Miguéis
Filho de pai galego e de mãe Beirã frequentou o Colégio Francês e o Liceu Camões.

Esteve inscrito, frequentou e concluiu o curso de direito na Universidade de Lisboa, fez colaboração com várias publicações, como “Seara Nova”, que se apresentava como meio doutrinário e crítico, com fins pedagógicos e políticos. Integrou ainda a redacção de jornais como a “República”, “O Sol”, “O Diabo”, e a revista “Alma Nova”. É nesta época que faz amizades marcantes, nomeadamente com Raul Brandão e Bento de Jesus Caraça. É com este matemático que irá fundar, em 1932, o semanário “O Globo”, suspenso no mesmo ano pela censura.
Começa, entretanto, a sua vida profissional como advogado, após a conclusão da licenciatura, em 1924. No ano seguinte, é nomeado procurador da República delegado em Setúbal. Regressa a Lisboa em 1926, tornando-se professor no Liceu Gil Vicente, o liceu da zona da sua antiga residência.
Desgostoso pela falta de liberdade de expressão, a par de um longo rol de restrições provocadas pela instituição da ditadura em 1926 -, leva a que José Rodrigues Miguéis aceite uma bolsa de estudo da Junta de Educação Nacional e parta para Bruxelas, na Bélgica, em 1929, para aprofundar os estudos na área das ciências pedagógicas. Se o objectivo era afastar as suas ideias “subversivas” do País, foi bem conseguido. É no estrangeiro que termina a primeira obra publicada, “Páscoa Feliz” (1932). Recebe, por ela, o Prémio Literário da Casa da Imprensa. Neste mesmo ano casa com a professora russa Pecia Cogan Portnoi.
Regressa a Lisboa em 1933, mas não consegue viver na capital, a falta de liberdade e a censura tolhe os movimentos deste defensor da liberdade. Parte, então, para Nova Iorque. Da viagem que faz aos Estados Unidos guarda imagens valiosas, que irá partilhar com o público na crónica “Gente da Terceira Classe”, editada em 1962.
No ano de 1940, casa em segundas núpcias com a luso-americana Camila Pitta Campanella. No mesmo ano publica um dos seus contos mais conhecidos: “Léah”. Mais tarde, integra-o num conjunto de textos aos quais dá o nome de “Léah e Outras Histórias”, pelo qual receberá em 1959 o Prémio Camilo Castelo Branco, da Sociedade Portuguesa de Escritores. Estabelece fortes laços com as comunidades portuguesa e hispânica nos EUA e em 1960 é eleito académico correspondente da Hispanic Society of America. Visita Portugal por diversas vezes, chegando a permanecer durante dois anos, entre 1957 e 1959.
Continua a publicar até ao fim da vida. “Nikalai! Nikalai!” (1971), “O Espelho Poliédrico” (1973), “Comércio com o Inimigo” (1973) e “O Milagre Segundo Salomé” (1975), recentemente adaptado ao cinema pelo realizador português Mário Barroso, são disso exemplo. Em 1976 é escolhido para membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e em 1979 recebe um dos graus da Ordem Militar de Santiago de Espada. É um dos escritores mais significativos do século XX. Sem se inserir no movimento neo-realista, revelou dar particular atenção às questões sociais, explorando os temas da emigração e do exílio, descritos com grande realismo. Quando morre, em Outubro de 1980, deixa uma vasta obra e uma influência marcante na literatura portuguesa.
Fado

Transito em Alfama
No dia 15 de Maio de 2007 o Sr. Paulo Amaral, residente no Bairro de Alfama, em representação de um grupo de moradores, fez uma internenção na Assembleia Municipal de Lisboa que passo a transcrever:
"EXMA. MESA DA ASSEMBLEIA
EXMAS. SENHORAS E EXMOS. SENHORES PRESIDENTES DE JUNTA
E DEMAIS ELEITOS
Somos moradores do bairro de Alfama, mais concretamente da Freguesia de Santo Estêvão, e vimos colocar a V. Ex.ªs alguns considerandos do que tem sido estes quase quatro anos de trânsito e estacionamento condicionado, imposto pelo Regulamento Específico da Zona de Estacionamento de Duração Limitada de Alfama.
Há cerca de 4 anos que o trânsito no Bairro de Alfama está sujeito a regras. Desde aí foi implementado um regulamento para condicionar o trânsito e o estacionamento nas ruas do Bairro.
Esse regulamento considera, entre outras coisas, trazer inegáveis benefícios para todos os moradores, nomeadamente:
- a segurança dos moradores, que veriam melhorada a circulação de viaturas de emergência;
- a circulação dentro do bairro, reduzindo bastante os bloqueios causados por carros mal estacionados;
- a facilidade para o estacionamento dos moradores, ao afastar do interior do bairro muitas viaturas de visitantes e outros, apesar de os lugares existentes não serem suficientes para os automóveis dos moradores, e por isso existirem sempre dificuldades;
- a melhoria do ambiente e da qualidade de vida de todos os moradores.
No entanto o que se verifica é que:
- a segurança dos moradores passou para segundo plano, pois continua a verificar-se dificuldade na circulação das viaturas de emergência e da própria PSP;
- continua a ser caótica a circulação nas ruas do bairro, pois ruas há em que existindo dois sentidos só consegue circular uma viatura de cada vez;
- a dificuldade dos moradores em estacionar continua a verificar-se, pois grande parte das viaturas estacionadas não têm dístico de autorização para o fazerem;
- o ignorar de todos os pedidos de reuniões e esclarecimentos, feitos pelos moradores e pela Junta de Freguesia de Santo Estêvão, por parte da administração da EMEL;
- Depois de todos estes contratempos, a qualidade de vida de quem mora no bairro não melhorou, pois continuamos a ter que dar voltas e voltas ao bairro para conseguir estacionar.
Assim, consideramos fundamental para o bem-estar da população do bairro de Alfama o que a seguir enunciamos:
- A execução plena do Regulamento aprovado em sessão de Câmara;
- A fiscalização, por parte dos funcionários da EMEL ou da Polícia Municipal, das viaturas mal estacionadas, estacionadas há vários meses ou sem dístico de autorização para entrarem dentro dos limites do bairro, à semelhança do que é feito em outras zonas da cidade;
- Fazer com que o Regulamento não seja aplicado de forma arbitrária consoante o funcionário de serviço, para que as regras sejam uniformes, ou seja, não haver dois pesos e duas medidas para permitir ou proibir as entradas no bairro;
- Sinalizar nos acessos ao bairro a localização dos parques de estacionamento alternativos.
Para terminar:
Passados quase quatro anos da entrada em vigor da Zona de Estacionamento e Trânsito Condicionado no bairro de Alfama, os moradores sentem-se completamente – e sublinho completamente – abandonados pela Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa."
Lisboa, 15 de Maio de 2007
Comunicação Oral

Santa Apolónia recebe hotel de charme
Diário Económico
Telenovelas em Alfama
Tal noticia em si, não é má. É mais uma forma de Alfama ser conhecida, mas não deixa de ter alguns pontos contra que se não forem calculados podem não ser uma boa noticia:
- Em primeiro lugar é não estereotiparem os cidadãos do bairro. Nem todas as pessoas do bairro são de baixo nível de instrução. Existem cada vez mais licenciados que são de Alfama ou que se apaixonaram pelo bairro. Não existe só varinas, lavadouras ou empregadas de limpeza.
- Em segundo lugar, Devia-se filmar zonas de interesse turístico no bairro e juntar um pouco da história do bairro. Já que o povo gosta de novelas porque não ensiná-lo sobre as zonas das filmagens.
- Em terceiro lugar que as filmagens não impeçam o normal funcionamento da vida no bairro. Que as equipas de filmagem não se considerem donos do bairro e fechem ruas obriguem os moradores a ter de alterar a sua vida por causa de umas filmagens que não têm nada a ganhar.
No entanto, se estas regras e outras de bom senso forem estipuladas as filmagens são algo de positivo para o bairro. E têm no bairro de Alfama um grande palco para uma boa história onde os próprios moradores estão dispostos a ajudar.
Miradouro de Santa Luzia


Mas rapidamente caí na realidade, o empreiteiro, por falta de pagamento, abandonou a obra tendo levado tudo o tinha. No entanto nada no Jardim foi reparado:
- Os azulejos continuam em péssimo estado e não sendo reparados nem protegidos, vão ser furtados os que se encontram em bom estado.
- As plantas do jardim não estão cuidadas existindo apenas algumas flores que lutam por dar alguma beleza ao espaço.

- A base do guindaste que existiu para as obras, está a fazer companhia á estátua do Júlio Castilho, mostrando que quanto a divida da câmara for paga ele vai voltar e que ainda não é desta vez que ficaremos com o Jardim.
- Os bancos estão partidos.
- A iluminação é insuficiente.
No fundo, pretendo para o jardim o que todos pretendem para ele, estar em condições para os moradores usufruírem dele.
Os animais perigosos em Alfama
Acontece que a C. M. Lisboa delegou nas juntas de Freguesia a notificação dos donos dos animais potencialmente perigosos. sendo da função desta a notificação dos autores das contra-ordenações e informar a C.M.Lisboa de como está a decorrer o recebimento das multas. Sem que os arguidos (donos dos animais) sejam notificados não pode a C. M. Lisboa executar ou levar os animais para o canil, continuando os mesmo a importunar os cidadãos.
Acontece que fiquei a saber que, pelo menos, a junta de S. Miguel não fez uma única tentativa de notificar os donos contra quem a PSP levantou auto de contra-ordenação. Deste modo, nenhuma multa poderá ser cobrada nem poderão ser os animais levados para o canil municipal.
Não compreendo qual a razão de não notificar os cidadão, existindo apenas duas razões:
- Negligencia e descuido - Não sendo para isso que os eleitores elegeram a Junta.
- Não querer entrar em conflito com potenciais eleitores e perder votos - Neste caso é necessário perceber que não se pode agradar a Gregos e a Troianos, devendo sempre um politico fazer as coisas pelo bem da sociedade. E, Obviamente a sociedade pretende andar em segurança e não ter medo de uma animal pertencente ao vizinho.
Deste modo, deve a Junta notificar as cidadãos do valor da multa e se ela não for paga indicar tal situação ás autoridades competentes.
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