E a conclusão a que chegam tem a ver com a impressão que têm do mesmo.
Se perguntarmos a uma pessoa que goste de Alfama e que mora do Pátio do Carrasco se vive em alfama, obviamente que diz que sim e tem muitos argumentos:
- O pátio característico de Alfama,
- A arquitectura,
- O ambiente e a convivência que se vive, típica do Bairro.
No entanto, se perguntarmos a alguém que mora no mesmo local mas que tem uma visão negativa do Bairro vem logo dizer que não. porque:
- Vive na Freguesia de Santiago,
- Alfama fica do outro lado da Rua;
- E que está mais perto da Freguesia do Castelo, fazendo parte deste.
Ora tal discussão para além de não ter muito sentido, serviu para ver melhor onde termina o Bairro.
Tendo em conta, a arquitectura, a história, e a sociedade penso que poderemos delimitar Alfama nestes parâmetros.
Engloba a parte central do Bairro, freguesias de Santo Estêvão e São Miguel, a parte de Lisboa existente dentro da muralha moura, sem contar com o Castelo, freguesia da Sé e Santiago e a parte oriental de Santo Estêvão, que tem as mesmas características arquitectónicas e de sociedade, freguesia de São Vicente de Fora.
Assim, Alfama comporta 5 freguesias:
- São Miguel
- Santo Estêvão
- Santiago
- Sé
- São Vicente de Fora
2 comentários:
Delimitar as fronteiras do bairro é uma tarefa quase impossível. Como ficou bem claro é quase que uma questão de perspectiva pessoal, sendo certo que, não será uma rua, um largo, ou um pequeno desnível separado por uma escadaria a ditar diferenças que possam determinar essa divisão. Há uma outra fronteira, aquela que é o orgulho de pertencer ao bairro, e essa é muito subjectiva.
Vivi 21 anos na Rua da Saudade, Freguesia de Santiago, de 1941 a 1962, minha mãe ainda por lá ficou até finais dos anos 90, justamente no último prédio mesmo em frente ao Largo dos Loios. Embora goste muito de Alfama sempre me considerei do bairro do Castelo talvez devido à maior proximidade com este bairro. Creio até que os vizinhos da época nutriam o mesmo sentimento.
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